Coroinhas - Artigos
2º Retiro de Espiritualidade e formação para coroinhas
1º Retiro de formação e Espiritualidade para Coroinhas
Coroinhas
"Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloqüente da importância e da beleza da Eucaristia"
(João Paulo II, em 07 de abril de 2004)
Coroinha (do latim pueri chori, "menino do coro") é uma criança ou adolescente, geralmente do sexo masculino, que auxilia os sacerdotes nas funções do altar.
Em 1994, o papa João Paulo II autorizou que meninas também servissem ao altar; a Encíclica Redemptionis sacramentum prevê essa circunstância. Atualmente, em algumas paróquias a função de coroinha é permitida também às meninas, mas sua autorização deve provir do Ordinário local.
Responsabilidades dos Coroinhas
1. Participar das reuniões; missas e demais compromissos assumidos.
2. Ser pontual.Chegar a tempo para as reuniões e celebrações.
3. Ser organizado.Estar sempre limpo, cabelo penteado e presos, calçados e roupas bem arrumados.
4. Ser cuidadoso com as coisas da igreja e do altar.
5. Tratar dos paramentos e objetos litúrgicos com respeito como objetos destinados ao culto divino.
6. Ser humilde e prestar atenção ao que lhe for ensinado.
7.-Durante os atos litúrgicos evitar conversas,risos ou brincadeiras (durante as celebrações evitar circulações no presbitério).
8. Cultivar o gosto pela oração e ler um trecho da Bíblia cada dia.
9. Dedicar-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor.
10. Observar o silêncio na igreja e na sacristia. E manter a concentração, principalmente antes de começar o ato litúrgico.
Quem é o Santo Padroeiro dos Coroinhas?
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.
Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.